Como é formado o preço do plano de saúde?
Novo painel com formação de preços de planos de saúde é divulgado pela ANS
De acordo com a Agência, os preços aplicados ao consumidor devem respeitar o limite de 30% acima ou abaixo que é informado à ANS de Valor Comercial da Mensalidade
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) disponibilizou a sexta edição do Painel de Precificação de Planos de Saúde, referente ao ano de 2017. Com isto, na publicação, que é anual, se pode conferir um panorama sobre a formação dos valores dos convênios médicos que estão sendo comercializados hoje no mercado. Além disso, o painel monitora o crescimento dos preços e analisa os reajustes que acontecem por mudança de faixa e afins, como os valores das consultas, exames e etc.
Painel de preço do plano de saúde
A partir de dados diretos das operadoras de planos de saúde é organizado o painel. Para a diretora de Normas e Habilitação dos Produtos da Agência, Simone Freire, este é o instrumento que ajuda a enxergar melhor o setor de saúde suplementar do Brasil.
“O Painel de Precificação é um instrumento importante para compreender o setor, já que possibilita ao mercado visualizar fatores como os custos desse produto, média de utilização e variação médica de reajuste. A ferramenta não visa acompanhar os valores cobrados pelas operadoras de planos de saúde, uma vez que a ANS não define preço de produto, mas permite entender a formação de custo desse setor”, explicou.
De acordo com a Agência, os preços que são praticados aos consumidores finais devem respeitar o limite de 30% acima ou abaixo do Valor Comercial da Mensalidade, que é repassado para a ANS. Ele ainda não pode estar abaixo daqueles que são considerados custos assistenciais, respeitando uma margem de segurança. O objetivo é evitar a prática de preços predatórios com a ideia de eliminar algum concorrente do mercado.
Analisando os resultados sobre preço de planos
Primeiramente, é preciso considerar que a análise divulgada neste ano refere-se os valores da sétima faixa de segmentação, a qual vai dos planos de saúde de 44 aos 48 anos e também a um total de 640 operadoras em todo território nacional. Além disto, inclui a modalidade coletiva (empresarial e por adesão), quanto a contração individual ou familiar. O valor comercial encontrado, em média, entre todas as unidades da Federação foi de R$808,27 para planos individuais e de R$559,71 para os coletivos.
Menor preço do plano de saúde em São Paulo
Foi nos planos de saúde no estado de São Paulo que foi registrado o menor valor comercial médio da faixa, incluindo as duas modalidades. Ou seja, R$507,12 para os individuais e R$452,77 para os coletivos. O estado também registrou a menor diferença entre os valores dos dois tipos, R$12%.
Diferenças de preço do plano de saúde
Já Tocantins mostrou o maior valor comercial médio de planos individuais, com R$1036,62. A seguir, Mato Gross do Sul com o maior valor para planos coletivos, com R$595,82. A maior diferença entre as duas modalidades foi registrada em Roraima, com 77,7%.
E os custos do plano?
Já quanto ao preço das assistências oferecidas pelos planos de saúde individuais para a faixa etária em análise, as consultas apresentaram a média de R$69,70. Quanto as demais despesas assistenciais ficaram em R$85,79, exames complementares R$30,34, internações R$5048,72, outros atendimentos ambulatoriais R$100,56 e terapias com R$76,57.
Dentro dos planos empresariais, as consultas médicas apresentaram médias de R$72,01, demais despesas assistenciais em R$78,87, exames complementares R$33,78, internações R$4905,70, outros atendimentos ambulatoriais R$107,23 e terapias R$70,52.
Além deste panorama, o painel mostra que de janeiro de 2013 a dezembro de 2017, a evolução deste custo médico, sem diferenciar a modalidade de contratação, foi de 49,67% nas consultas, 54,73% nos exames complementares, 88,14% nas terapias, 61,27% nas internações. Já o custo nas demais despesas assistenciais houve uma baixa de 20,08% no mesmo período.