Plano de saúde na Baixada Santista perde quinze mil clientes
Queda reflete situação econômica do País; Para ex-ministro, sistema público sentirá impacto
As empresas de plano de saúde na Baixada Santista perderam 15.462 clientes em nove meses. Segundo o último balanço da Agência Nacional de Saúde (ANS), em dezembro do ano passado, eram 726.989 usuários, enquanto em setembro deste ano o número caiu para 711.527
Para o santista Arthur Chioro, ex-ministro da Saúde, a quantidade é significativa, e o sistema público de saúde sentirá o impacto. “Se você estivesse falando de uma situação confortável, aperta-se um pouquinho e absorve (a demanda). Mas não é o caso. Nós não estamos falando de uma situação confortável na região”.
Em números absolutos, Santos é a cidade da Baixada Santista que mais perdeu usuários de planos de saúde: 6.118. São Vicente, Guarujá e Cubatão também registraram queda na saúde suplementar. Na contramão, estão Praia Grande e Bertioga – municípios que ganharam adesões a planos de saúde.
A ANS não tem os dados de Itanhaém, Mongaguá e Peruíbe.
Motivos
Segundo Chioro, a cobertura na saúde suplementar é diretamente proporcional ao crescimento da economia. “O número de pessoas com plano de saúde na baixada santista vai depender do que vai acontecer na economia nos próximos meses. À medida que tem a retomada do emprego, você tem uma retomada (na quantidade de usuários de planos)”, prevê o ex-ministro.
Na opinião do presidente da Unimed Santos, Raimundo Macedo, o aumento nas demissões é o principal motivo para os novos índices. “As empresas estão demitindo, e isso acaba repercutindo”, explica.
As empresas estão demitindo, e isso acaba repercutindo (no plano de saúde na baixada santista), mas não sentimos os reflexos da crise”.
Raimundo Macedo, presidente da Unimed Santos