Saiba como fazer o plano de saúde ficar mais barato.
Plano de saúde muito caro? Veja dicas para tentar reduzir o valor.
Os consumidores precisam ficar mais atentos neste ano após o aumento do reajuste, no qual foi de 8,14%. Uma maneira de tentar diminuir o impacto no bolso, é então entrar em contato com um corretor para fazer a troca do plano atual para um mais acessível, através da redução de carências.
Verificar se o reajuste está correto
“A primeira coisa a fazer é prestar atenção nas informações do boleto e como elas vêm, porque a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) obrigou as operadoras de planos de saúde a informar o que é a mensalidade reajustada, o percentual do reajuste e o que é a recomposição.
A gente encoraja o consumidor a checar se os cálculos estão corretos. Se tiver errado, solicitar a devolução. Lembrando que o CDC (Código de Defesa do Consumidor) determina que cobrança indevida tem que ser devolvida em dobro”, aponta Navarrete.
A ANS regulamenta o reajuste dos planos de saúde e determina que o reajuste máximo anual em 2021 é de 8,14%, aplicável aos planos individuais ou familiares firmados desde janeiro de 1999 ou adaptados à Lei 9.656 / 98. O valor será diluído 12 vezes – essa reorganização e o percentual de reajuste devem ser especificados no ticket.
O reajuste é válido de maio de 2020 a abril de 2021. No ano passado, por decisão da ANS em função da pandemia Covid-19, o aumento das taxas de serviços médicos foi suspenso.
Negociar com o plano de saúde
É possível também estar tentando negociar o valor com a própria operadora.
“Às vezes está tudo correto, mas é que o reajuste anual está muito alto. A gente recomenda que o consumidor solicite esclarecimento para a operadora. Por que num ano em que teve queda abissal da taxa de uso, o meu plano foi reajustado em 20%? Solicitar esses esclarecimentos que ele tem direito de receber”, explica.
Trocar o plano de saúde
Uma boa alternativa seria a troca do plano atual para uma outra operadora, sendo assim reduzindo os valores fazendo a redução de carências.
Como é feito o cálculo do reajuste do plano de saúde?
Segundo a coordenadora do programa de Saúde do Idec, há dois fatores a serem considerados no cálculo do reajuste. Um deles é a variação do preço da consulta ou exame, que pode variar conforme a inflação. O outro é baseado no uso planejado.
“A operadora faz uma estimativa. (Exemplo:) Nos últimos dois anos, a minha taxa de uso do plano é de 70%, geralmente, isso acaba se refletindo no ano seguinte. De todas as mensalidades que a operadora receber, 70% é para pagar atendimento médico. É o segundo componente da mensalidade, que é a sinistralidade. Esse é o elemento mais imprevisível do reajuste porque é uma caixa preta”, salienta.
A falta de transparência das operadoras em relação a este último componente acaba gerando litígio.
“Ela (operadora) nunca apresenta as planilhas, nunca justifica adequadamente isso. O Idec fez uma pesquisa em 2017 sobre isso, pra avaliar de que maneira o judiciário considerava abusiva o reajuste praticado pelas empresas. A conclusão é de que o judiciário afastava três de cada quatro reajustes anuais, com argumentos na abusividade”, destaca.
O que diz a Associação dos Planos de Saúde
Em nota, a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) justificou o reajuste.
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